domingo, 16 de janeiro de 2011

Dava para ser mais Vascão

Alô galera da fuzarca, nada melhor do que começar os posts do blog falando do nosso querido e eterno Vasco.Na tarde de ontem, os quase 6 mil torcedores que foram à São Januário acompanhar a partida entre Vasco e Cerro Porteño do Paraguai viram um Vasco diferente de 2010, pelo menos na disposição.
Garra, vontade e determinação foram pontos fortes do time durante todo o jogo. A equipe iniciou com Fernando Prass; Fagner , Dedé, Anderson Martins e Ramon; Eduardo Costa, Romulo, Felipe e Carlos Alberto; Eder Luis e Marcel.
PC escalou os jogadores e a formação que provavelmente irá ser a titular de 2011.

 Logo de início o Vascão tomou conta do jogo e assim foi até o apito final, raramente o Cerro ameaçava alguma coisa. Com um esquema totalmente defensivo, tendo a presença de somente um atacante, estava clara a apatia do time paraguaio. Visto isso, só nos restava cair em cima e aplicar uma goleada.

Querendo mostrar a nova cara do time para 2011, não demorou muito para que o primeiro lance perigoso surgisse, aos 5' Felipe arriscou um chute rasteiro que passou com perigo à direita do gol de Barreto. A torcida começava a se empolgar, principalmente com os lances que mostravam determinação e vontade, muito protagonizados por Fágner e Edér Luís.

Mas como nem tudo no Vasco é mil maravilhas, ainda mais se tratando do primeiro jogo da temporada, o entrosamento e o ritmo de jogo estavam em falta para alguns. As tabelas entre Carlos Alberto, Felipe e Marcel estavam difíceis de fluir. Esse, demonstrou muito mais esforço do que técnica, não que isso seja ruim mas, estava na cara de cada torcedor que Marcel estará longe de ser um colírio para os nossos olhos. Calma galera, ainda posso queimar a minha língua.

Apesar do domínio, foi apenas aos 27 minutos que o Gigante da Colina criou uma grande chance. Primeiro Carlos Alberto driblou toda a defesa do Cerro Porteño e rolou para Felipe, que de primeira bateu forte e obrigou o goleiro da equipe paraguaia a fazer um grande intervenção. No rebote, a bola voltou para o capitão vascaíno, que levou para a linha de fundo, bateu cruzado e por pouco não abriu o marcador.
O jogo entrava na casa dos 30' e ao mesmo tempo, muito e pouco se via. Digo isso porque o time estava aguerrido, lutando pela posse de bola durante todo o jogo e buscando um toque de bola bonito. Entretanto muito pouco se viu de objetividade. Vira de um lado, vira do outro e continuava a faltar àquele último passe de que muito se falou em 2010. Tanto que, foi em uma bola parada que tivemos o lance mais perigoso do primeiro tempo, aos 36' cruzamento de Ramon na medida para Dedé, o mesmo cabeçeou com força no meio do gol exigindo uma bela defesa de Barreto.

A partir desse lance parecia que time tinha acordado às ordens de PC, aos 38'  Fágner, depois de bela tabela com Carlos Alberto, chuta fraco à meia altura no canto direito de Barreto. Já era índicio de uma mudança de comportamento, mas era tarde e o primeiro tempo acabava no 0 a 0.

No fim do primeiro tempo, muitos torcedores se perguntavam: "Será o Vasco de 2011, o mesmo de 2010?". Parecia que sim, mas estava cedo, era apenas o primeiro tempo de uma equipe que tem muito a mostrar no restante da temporada.

Em entrevista no intervalo, Carlos Alberto perguntado sobre a mudança de comportamento e às ordens do técnico PC Gusmão, respondeu: "O time está jogando bem, o PC pediu para o arriscar mais. Está falntando só aquele útlimo toque."
 
E foi mais ou menos isso que aconteceu, o Vascão voltou com a mesma peagada para o segundo tempo, mas com um pouco mais de objetividade. Logo ao 1' do segundo tempo, cruzamento de Fágner e Marcel, com o seu tremendo esforço, deu sua terceira e precisa cabeçada no jogo demonstrando força física e presença de área.

Chegava a hora de PC começar a testar as peças que tinha no banco de reserva. Algumas boas mudanças foram feitas, mas a que chamou mais atenção foi uma substituição antiga. Irrazábal entrou no lugar de Fágner demonstrando uma grande evoulão comparada ao seu futebol de 2010. Marcou, cruzou e avançou bem, praticamente surpreendeu.

A objetividade não bastava e a torcida ja começava a ficar impaciente. Carlos Alberto chamava a responsabilidade, tentava lances, driblava, recebia faltas, enfim JOGOU MUITO, mas infelizmente a bola não entrava de jeito nenhum. Mas, como aquele ditado "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", de tanto tentar jogadas individuais foi, em uma falta recebida que o primeiro gol vascaíno no ano saiu.

Discreto, ele veio lá de trás, pegou a bola, ajeitou e bateu rasteiro no canto aos 31'. É GOL DO VASCÃO!!! ninguém esperava que poderia ser de um zagueiro estreante. Anderson Martins fez o primeiro gol como profissional e a torcida enfim, agradecia depois de 76 minutos de pressão.

Quem imaginou que o Cerro acordaria, pensou muito errado, o time continuou apático, não se importava muito com o jogo. Depois do primeiro gol, o segundo era questão de tempo. Em uma linda jogada individual Carlos Alberto sofreu penalti aos 36'. O enredo todo estava formado: o melhor em campo, no primeiro jogo de 2011, depois de um 2010 apagadíssimo....mas, o ritmo de jogo lhe foi cruel. Carlos Alberto bateu o penalti de forma horrorosa e Barreto apenas acompanhou a bola indo devarinho para a linha de fundo.

Depois do penalti perdido, pouco se viu de futebol no restante do jogo. O time do Vasco relaxou e o time do Cerro nem se fala. Quem não queria saber de nada disso foi Misael, que depois de ter entrado no lugar de Éder Luís deu mais ritmo ao ataque e teve duas grandes chances. Aos 44' depois de receber um linda jogada de Irrazábal e aos 47' depois de uma boa jogada individual. Depois de Irrazábal, Misael foi o substituto que mais se destacou.

O jogo ja se tornava chato e logo após o lance de Misael, o árbirto Gutemberg de Paula Fonseca apita o final do jogo. Valeu pela estréia, mas poderia e deveria ser mais Vascão.

Em entrevista, Patric disse: "Foi um jogo difícil, viemos de uma pré temporada, trabalhamos bem a bola e agora é treinar e esperar a estreia."

Assista o gol vascaíno: